Notas ruins, a professora se
queixa que essa criança é desatenta, os pais dizem que é preguiçosa, a criança
se acha mesmo uma “burra”; um somatório de rótulos que só fazem baixar ainda
mais a autoestima dessa criança, mas no final, todos querem resultado positivo,
sem dar a verdadeira importância à dificuldade em si, ao emocional dela, o que
essa criança está precisando realmente, suas carências e sua saúde.
Infelizmente, os rótulos se
confundem com a realidade das Dificuldades de Aprendizagem. Uma vez
diagnosticadas, tudo se torna mais fácil para a criança, enquanto filho e
aluno.
A Dislexia é uma das Dificuldades
de Aprendizagem. Pesquisas afirmam que em cada dez alunos, pelo menos dois têm
algum grau de Dislexia, mas sabe-se que a maioria dos professores não tem
conhecimento sobre transtornos e distúrbios que levam à dificuldade em sala de
aula.
Dislexia é palavra de origem
grega, onde dys significa
imperfeito, como disfunção e lexia
dá significação ampla de linguagem. É importante todos entenderem que qualquer
pessoa disléxica aprende sim, mas no seu ritmo, na sua maneira de aprender.
Para entender Dislexia, é necessário primeiro, aceitar que uma dificuldade pode
existir, querer entender para poder ajudar o disléxico.
Respeitar é o primeiro passo.
Jamais rotular, ajuda muito. Parabenizar pelas pequenas conquistas é
fundamental.
Ter dificuldade de ler, de
escrever e interpretar sugere grande fracasso escolar. Desse fracasso, outros
surgem. E, por isso, deve-se tomar muito cuidado para não piorar a questão do
disléxico, não rotulando e massacrando o aluno/filho.
Aprender é um conjunto de coisas
internas e externas à criança. É saber se esse aluno/filho está saudável
neurologicamente, se há problemas na visão, audição, fonoaudiológico e
emocionais.
Além disso, se a escola sabe
atrair a criança, se a professora sabe oferecer afeto, se existe respeito entre
os colegas da turma, e outros fatores que os pais podem relembrar quando eram
crianças, suas dificuldades na escola e a exigência em casa.
Quando acaba, muitos pais repetem
ou pioram o grau de exigência em relação às notas do filho.
A dificuldade de aprendizagem
engloba uma série de fatores importantes que devem ser avaliados para serem
aproveitados na ajuda e resgate dessa criança. Não basta um especialista
sugerir o diagnóstico e esse ser mais um peso para o disléxico. O que pode
ajudar uma criança ou um adolescente dom Dislexia é o acompanhamento e
motivação no que se relaciona à aprendizagem.
Os consultórios psicopedagógicos
trabalham bem essa questão de dificuldade de aprendizagem por trabalhar
individualmente com as crianças e adolescentes, além de atrair e formar uma
linda parceria com a família e a escola também.
Respeitar um aluno disléxico é um
dos papéis mais importantes que uma professora possa ter. Permitir que as
habilidades desse aluno sejam expressadas e trabalhadas para seu desenvolvimento
sadio, em busca de aumentar sua autoconfiança e bons resultados, seria o ideal.
O estímulo é ótima ferramenta
para se conquistar uma boa aprendizagem.
Encontros dos Psicopedagogos com
professores, quinzenalmente ou semanalmente para explorarem assuntos ligados a
aprendizagem é uma das chaves para o sucesso escolar.
Além disso, a humildade dos
professores se colocarem, também, como seres “aprendentes” que são e observarem
em si próprios suas dificuldades, acelera o processo da aprendizagem para o
aluno, pois esse professor que busca se conhecer, fatalmente, saberá o foco
para ser trabalhado em sala.
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