Pais também sentem dificuldades...
Filhos, de um modo geral, se
sentem obrigados a obedecerem a seus pais, afinal, essa é a regra universal de
uma boa educação.
Quando
esses filhos se tornam, também, alunos, agora inseridos em um núcleo social com
outras crianças, outras individualidades; buscam expressar seus sentimentos,
suas ideias e defenderem seus interesses, aparecendo aí, o domínio, a
liderança, o egocentrismo, a timidez, entre outros fatores tão importantes no
desenvolvimento emocional que poderá vir a afetar o desenvolvimento cognitivo,
que é o da aprendizagem.
É quando a escola chama os pais
para aquela conversa...
Em
casa, normalmente, as crianças são submetidas às regras da família, mesmo cada
adulto tendo seu jeito de educar, não é assim? Já na escola, mesmo havendo a
figura da professora, a sala de aula é o espaço aonde as crianças se colocam ou
se escondem.
Seja qual for o aspecto; o de
fuga ou de exibicionismo, ambos podem atrapalhar o andamento escolar da
criança.
O fato é que, seja em casa ou na
escola, essa criança tem o direito de se expressar, mas muitos profissionais da
educação e muitos pais não conhecem mecanismos de motivação e incentivo para
permitirem o sucesso pessoal e escolar da criança. Preferem encaminhar essa
criança a tratamentos ou atendimentos terapêuticos ou psicopedagógicos.
É comum escola pedir socorro aos
pais e vice-versa. E a criança? Quem poderá ajudá-la? A ajuda vem para todos:
escola, família e criança.
Os pais, sem conhecerem muito o
assunto psicopedagógico, mas com grande vontade de ver o filho melhorar em
comportamento ou no rendimento escolar, acaba, muitas vezes, atribuindo o sucesso da criança ao
psicopedagogo ou psicólogo ou ao médico.
Há mais de um século, estuda-se a
educação dos filhos e chegou-se a conclusão que só a criança ser trabalhada em terapia ou apoio psicopedagógico ou apenas pedagógico, não se atinge seu sucesso escolar ou pessoal, pois a criança é fruto
do meio em que vive, então, a mudança deve vir de cima para baixo; dos pais para os filhos.
E nunca é tarde para começar!
Nos atendimentos psicopedagógicos (psicológico e cognição),
é de extrema importância o acompanhamento dos pais nas sessões e devem estar
permanentemente desejosos de orientação psicopedagógica para aprenderem novos
mecanismos para a educação de seus filhos.
Geralmente, uma criança quando
apresenta dificuldade de aprendizagem ou de comportamento, tem fator
psicológico envolvido no processo, aonde, o profissional fará a leitura do caso,
junto a equipe interdisciplinar (fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas, pedagogos e psicopedagogos) e passará a contar com o total apoio dos pais
para novo modelo de educação.
Somente assim, com ajuda
constante dos pais, haverá o sucesso do filho.
Lamentavelmente, muitos pais vivem uma
correria durante a semana, que não sobra tempo para se dedicarem ao filho e
preferem pagar um profissional para “dar jeito” no problema. Isso é muito comum
em consultórios psicopedagógicos, mas, juntos, podemos modificar esse quadro!
A
partir do momento em que os pais acreditam no processo de apoio na educação do
filho, seja no âmbito cognitivo, seja no comportamental ou psicológico, e segue
as orientações dos profissionais engajados nessa tarefa, tudo começa a se
encaixar, possibilitando conforto e alegria para a criança, como filho e como
aluno.
É
importante, em primeiro lugar, os pais saberem que tudo começa na vontade de
ajudar seus filhos. Mais do que isso; colaborarem para novo modelo de educação.
Saber
que os filhos ainda “não sabem andar com as próprias pernas” e que precisam
sim, de orientações diversas, precisam de amor, de afeto e de motivação, é o
segundo passo a caminho da felicidade.
Quando
os pais assumem seus papéis e quando necessário, buscam ajuda terapêutica para
resolverem suas próprias questões, acabam encontrando equilíbrio para se manterem
como elo familiar forte, alcançando, assim, o objetivo desejado.
Crianças
precisam de direção e pais precisam de orientação e equilíbrio para conseguirem
vencer as barreiras do não-saber da
educação.
Muitos
pais ainda sofrem ao perceberem que as crianças estão crescendo, que estão
sabendo se colocar e muitas vezes frustram-se em suas próprias expectativas. É quando,
por exemplo, a mãe não suporta muito bem, quando o filho dá tchau, na porta da
creche.
Pais
devem se preocupar com a superproteção aos filhos, pois as crianças necessitam
aprender a se conhecerem, dando seus próprios passos, se ajustando, se
adaptando...
Filhos
precisam de liberdade para se conhecerem e entenderem seus próprios limites.
Isso não é falta de amor, nem de abandono! Pais precisam estar mais fortes para
receberem seus filhos como crianças completas e não, criarem na imaginação, um
boneco que só fará tudo perfeito e será eternamente seu, como simples objeto.
Havendo
dificuldades próprias, sofrimentos ligados ao papel de pais, deve-se procurar
ajuda terapêutica a fim de desfazer os nós criados ao longo dos anos.
Adultos
resolvidos e fortalecidos farão de seus filhos, pessoas suficientemente capazes
de enfrentarem qualquer dificuldade.
Pais precisam criar filhos para o
futuro, crianças precisam aprender a “andar com suas próprias pernas”. Pais
precisam incentivar cada passo conquistado, mesmo que tenha vindo de uma queda.
E essa como tantas outras lições, são aprendidas e praticadas nas sessões
psicopedagógicas.
Abraço fraterno a todos vocês...
Rejane Schäffer Gallo em 20/09/2012.
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