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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Graduada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagoga e Neurociência Pedagógica, com Especialização em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e em Psicoterapia Infantil, além de Terapeuta Floral, estou sempre estudando e trabalhando para chegar mais perto do ideal na relação com crianças que apresentem qualquer dificuldade de aprendizagem ou de comportamento ou que sejam portadoras de síndromes ou transtornos. Trabalho com focos diferentes, pelo mesmo ideal, auxiliando e orientando professores e familiares para vermos crianças e adolescentes mais felizes! Vamos juntos nessa caminhada.

sábado, 3 de maio de 2014

NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO ANDAM JUNTAS

“É a Neurociência cognitiva que aborda os campos de pensamento, 
aprendizado e memória.”
                                                                              Marta Relvas

         É da natureza humana ser curioso sobre o que vemos e ouvimos; por que algumas coisas nos dão prazer e outras não; como nos movemos, como pensamos, aprendemos, lembramos e esquecemos; a natureza da raiva e da loucura. Estes mistérios estão começando a ser revelados por pesquisas em Neurociência.

         A Neurociência, sendo uma ciência nova, reflete a fascinação e a curiosidade em relação a, aparentemente, simples dúvidas de como percebemos, como nos movemos, como sentimos e como pensamos.

         A Neurociência Pedagógica, de maneira geral, é o estudo de como o cérebro aprende, envolvendo o entendimento de como as redes neurais são estabelecidas no momento da aprendizagem, as estruturas cerebrais como “interfaces” da aprendizagem, como o cérebro reage aos estímulos recebidos, os tipos de memória, como o cérebro tem acesso às informações armazenadas e como o comportamento acontece no cérebro.

         Ela não propõe uma nova pedagogia, mas fundamenta a prática pedagógica que já acontece em sala de aula respeitando a forma como cada cérebro funciona.

         Sabe-se com base em evidências neurocientíficas, que há uma correlação entre um ambiente rico e o aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais). Mas quem define o que é um meio estimulante para cada tipo de aprendizado? Quais devem ser as intervenções para intensificar o efeito do meio? Como o aluno irá reagir? “A Neurociência não fornece estratégias de ensino. Isso é trabalho da Pedagogia, por meio das didáticas”, diz Hamilton Haddad, do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da USP. Como, então, o professor pode enriquecer o processo de ensino e aprendizagem usando as contribuições da Neurociência?

Para o educador português António Nóvoa, reitor da Universidade de Lisboa, a resposta à essa questão ainda é o grande desafio do século 21. “A estrutura educacional de hoje foi criada no fim do século 19. É preciso fazer um esforço para trazer ao campo pedagógico as inovações e conclusões mais importantes dos últimos vinte anos na área da ciência e da sociedade”, diz.
                      Ao professor, cabe se alimentar das informações que surgem. A Neurociência mostra que o desenvolvimento do cérebro decorre da integração entre o corpo e o meio social. “O educador precisa potencializar essa interação por parte das crianças”, afirma Laurinda Ramalho de Almeida, professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação, da PUC-SP.

                      Para Relvas (2012, p.20) “Os educadores atualmente precisam conhecer esse incrível mundo chamado cérebro humano para elaborar, definir e organizar melhor conceito sobre aprendizagem, identificando, por meio do sistema nervoso central, seus processos e como produzem modificação funcional ou comportamental, permitindo a melhor adaptação do indivíduo ao seu meio como resposta a uma solicitação interna ou externa do organismo.”

                        Uma das grandes descobertas da Neurociência é que através de atividades prazerosas e desafiadoras as sinapses se fortalecem e redes neurais se estabelecem com mais facilidade. Através da Neurociência Pedagógica, o professor poderá ajudar mais o fortalecimento neural dos seus alunos, saberá promover aulas desafiadoras e prazerosas para estimular a aprendizagem, manterá seus alunos antenados e questionadores, incluindo todos os cérebros, mesmo os que apresentem necessidades educacionais especiais.

 O educador, tendo a Neurociência como aliada, será um facilitador no processo ensino-aprendizagem, criando aulas dinâmicas e envolventes, adequada a cada cérebro como ser único que sente, pensa e age.

E, por causa da Neurociência na pedagogia, os transtornos comportamentais e de aprendizagem passaram a ser mais facilmente compreendidos, trazendo para os educadores, o conhecimento sobre a memória, o esquecimento, o tempo, o sono, a atenção, o medo, o humor, a afetividade, o movimento, os sentidos, a linguagem, as interpretações das imagens que se faz mentalmente, como o pensamento se forma, as diferenças básicas nos processos cerebrais, onde esses conhecimentos tornam-se importantes para novas ações pedagógicas. 


                        É importante que o educador saiba que quando os estudantes são estimulados e valorizados em sala de aula, por meio de um método dinâmico e prazeroso de ensino, há um aumento e alterações na quantidade e qualidade de conexões sinápticas, causando um processo positivo no cérebro dos estudantes que aumentam as suas possibilidades de resultados satisfatórios.

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