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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Graduada em Pedagogia, pós-graduada em Psicopedagoga e Neurociência Pedagógica, com Especialização em Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e em Psicoterapia Infantil, além de Terapeuta Floral, estou sempre estudando e trabalhando para chegar mais perto do ideal na relação com crianças que apresentem qualquer dificuldade de aprendizagem ou de comportamento ou que sejam portadoras de síndromes ou transtornos. Trabalho com focos diferentes, pelo mesmo ideal, auxiliando e orientando professores e familiares para vermos crianças e adolescentes mais felizes! Vamos juntos nessa caminhada.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Pais também sentem dificuldades...


    

Filhos, de um modo geral, se sentem obrigados a obedecerem a seus pais, afinal, essa é a regra universal de uma boa educação.

       Quando esses filhos se tornam, também, alunos, agora inseridos em um núcleo social com outras crianças, outras individualidades; buscam expressar seus sentimentos, suas ideias e defenderem seus interesses, aparecendo aí, o domínio, a liderança, o egocentrismo, a timidez, entre outros fatores tão importantes no desenvolvimento emocional que poderá vir a afetar o desenvolvimento cognitivo, que é o da aprendizagem.

É quando a escola chama os pais para aquela conversa...

           Em casa, normalmente, as crianças são submetidas às regras da família, mesmo cada adulto tendo seu jeito de educar, não é assim? Já na escola, mesmo havendo a figura da professora, a sala de aula é o espaço aonde as crianças se colocam ou se escondem.

Seja qual for o aspecto; o de fuga ou de exibicionismo, ambos podem atrapalhar o andamento escolar da criança.

O fato é que, seja em casa ou na escola, essa criança tem o direito de se expressar, mas muitos profissionais da educação e muitos pais não conhecem mecanismos de motivação e incentivo para permitirem o sucesso pessoal e escolar da criança. Preferem encaminhar essa criança a tratamentos ou atendimentos terapêuticos ou psicopedagógicos.

É comum escola pedir socorro aos pais e vice-versa. E a criança? Quem poderá ajudá-la? A ajuda vem para todos: escola, família e criança.

Os pais, sem conhecerem muito o assunto psicopedagógico, mas com grande vontade de ver o filho melhorar em comportamento ou no rendimento escolar, acaba, muitas vezes,  atribuindo o sucesso da criança ao psicopedagogo ou psicólogo ou ao médico.

Há mais de um século, estuda-se a educação dos filhos e chegou-se a conclusão que só a criança ser trabalhada em terapia ou apoio psicopedagógico ou apenas pedagógico, não se atinge seu sucesso escolar ou pessoal, pois a criança é fruto do meio em que vive, então, a mudança deve vir de cima para baixo; dos pais para os filhos.

E nunca é tarde para começar!

Nos atendimentos psicopedagógicos (psicológico e cognição), é de extrema importância o acompanhamento dos pais nas sessões e devem estar permanentemente desejosos de orientação psicopedagógica para aprenderem novos mecanismos para a educação de seus filhos.

Geralmente, uma criança quando apresenta dificuldade de aprendizagem ou de comportamento, tem fator psicológico envolvido no processo, aonde, o profissional fará a leitura do caso, junto a equipe interdisciplinar (fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas, pedagogos e psicopedagogos) e passará a contar com o total apoio dos pais para novo modelo de educação.

Somente assim, com ajuda constante dos pais, haverá o sucesso do filho.

        Lamentavelmente, muitos pais vivem uma correria durante a semana, que não sobra tempo para se dedicarem ao filho e preferem pagar um profissional para “dar jeito” no problema. Isso é muito comum em consultórios psicopedagógicos, mas, juntos, podemos modificar esse quadro!

          A partir do momento em que os pais acreditam no processo de apoio na educação do filho, seja no âmbito cognitivo, seja no comportamental ou psicológico, e segue as orientações dos profissionais engajados nessa tarefa, tudo começa a se encaixar, possibilitando conforto e alegria para a criança, como filho e como aluno.

         É importante, em primeiro lugar, os pais saberem que tudo começa na vontade de ajudar seus filhos. Mais do que isso; colaborarem para novo modelo de educação.

       Saber que os filhos ainda “não sabem andar com as próprias pernas” e que precisam sim, de orientações diversas, precisam de amor, de afeto e de motivação, é o segundo passo a caminho da felicidade.

        Quando os pais assumem seus papéis e quando necessário, buscam ajuda terapêutica para resolverem suas próprias questões, acabam encontrando equilíbrio para se manterem como elo familiar forte, alcançando, assim, o objetivo desejado.
       
     Crianças precisam de direção e pais precisam de orientação e equilíbrio para conseguirem vencer as barreiras do não-saber da educação.

       Muitos pais ainda sofrem ao perceberem que as crianças estão crescendo, que estão sabendo se colocar e muitas vezes frustram-se em suas próprias expectativas. É quando, por exemplo, a mãe não suporta muito bem, quando o filho dá tchau, na porta da creche.

         Pais devem se preocupar com a superproteção aos filhos, pois as crianças necessitam aprender a se conhecerem, dando seus próprios passos, se ajustando, se adaptando...

       Filhos precisam de liberdade para se conhecerem e entenderem seus próprios limites. Isso não é falta de amor, nem de abandono! Pais precisam estar mais fortes para receberem seus filhos como crianças completas e não, criarem na imaginação, um boneco que só fará tudo perfeito e será eternamente seu, como simples objeto.

        Havendo dificuldades próprias, sofrimentos ligados ao papel de pais, deve-se procurar ajuda terapêutica a fim de desfazer os nós criados ao longo dos anos.

         Adultos resolvidos e fortalecidos farão de seus filhos, pessoas suficientemente capazes de enfrentarem qualquer dificuldade.

Pais precisam criar filhos para o futuro, crianças precisam aprender a “andar com suas próprias pernas”. Pais precisam incentivar cada passo conquistado, mesmo que tenha vindo de uma queda. E essa como tantas outras lições, são aprendidas e praticadas nas sessões psicopedagógicas.

Abraço fraterno a todos vocês... 
Rejane Schäffer Gallo em 20/09/2012.

               

sábado, 15 de setembro de 2012

Meu filho não quer fazer coco no vaso...


Pais queridos... não se desesperem!

Recomendo que a primeira atitude seja procurar o(a) pediatra, além de procurar orientações de um profissional nutricionista, fazer exames se necessário e se o médico solicitar apoio terapêutico, acreditem nesse trabalho, é maravilhoso!

Dentre as diferentes linhas terapêuticas, existe a Terapia Floral que é fantástica. 

Atenção para o desconforto de fazer um coco duro (empedrado). E, penso que não é só dar água de ameixa, remédio, supositório, etc para se conseguir resolver esse problema. É fundamental que as crianças tenham uma alimentação saudável para o intestino também. Por isso, a importância de orientações de um(a) nutricionista.

Descartadas os problemas fisiológicos, podemos partir para o emocional.

Desde 2005, quando iniciei os atendimentos terapêuticos, muitos casos que me chegaram, foram problemas relacionados ao coco. Com isso fui percebendo algumas atitudes similares nas crianças e na relação delas com seus pais.

O que coloco como importante nesse texto é o fato de que 99% delas, estavam com comportamento de reter o coco para si de forma inconsciente até certo ponto, pois para a criança, o coco é a única "obra de arte" produzida por ela. Pare e pense! Não é? Esse assunto vem lá de Freud e tem bastante coerência e constatações na vida prática.

Claro que a alimentação com fibras é muito importante, mas nem sempre os pais modernos conseguem introduzir uma alimentação tão saudável, por culpa da falta de tempo e da praticidade dos tempos atuais.

É importante observar  como anda a relação dos pais com esse filho, para verificar se o emocional pode estar interferindo nessa retenção.

Bem, voltando ao presente que é esse coco; pensando friamente como uma das hipóteses, as crianças só "dão" esse presente aos pais, se elas quiserem. 

Muitas crianças usam o coco retido como forma de dizer: só te dou quando eu quiser, se eu quiser e como eu quiser. É uma forma de devolver aos pais: "Eu penso, eu sinto, eu falo... eu faço quando e como eu quiser!"

É sim um desafio! Talvez mais um dentre muitos.

Sinto nesses últimos anos, que muitas mães, pais e até avós ficam tristes, sofrem, se sentem culpados muitas vezes, etc..., mas é preciso observar se essas crianças estão incomodadas com algumas atitudes dos adultos. 

Tranquilizem-se!

Minhas dicas principais são:

1) Falar abertamente e calmamente sobre o local apropriado para fazer o coco;

2) Colocar um "presentinho" com um cartão ou recado grudado em um embrulho bem bonito e grudar esse presente embrulhado, com durex no banheiro, próximo ao vaso sanitário, de forma que a criança não consiga pegar - claro! Mas, esse preparo só pode ser feito na ausência da criança. Quando ela vir esse presente, provavelmente vai tentar pegar e não vai conseguir. Vai chamar a mãe ou o papai. É importante que, nesse momento, o adulto faça um teatrinho de surpresa: "Nossa... que lindo! Olha, tem um recado aqui. Eu vou ler... É "a fada das crianças espertas ou ...(invente)" que deixou para quando o vaso (ou troninho) ganhar o coco do(a) (nome da criança). Uauu! 

Quando a criança conseguir fazer o coco no vaso, aí sim, ganhará esse brinde.  

3) Não brigar (Nunca).

4) Elogiar sempre que a criança demonstrar iniciativa de ir ao banheiro. Pode dar, nesse momento, um adesivinho para colar no vaso ou próximo.

5) Pode utilizar tábuas infantis, se julgar necessário, como motivação.

6) Não pergunte 1000 vezes se a criança quer ir ao banheiro. Isso causa estresse!

7) Combine com a professora, uma mesma forma de motivar a criança a fazer o coco no vaso e jamais, o adulto, se mostrar frustrado diante do coco na roupa, por exemplo.

8) Acreditar na terapia e orientação aos pais.

9) Seguir as orientações da(o) nutricionista e do(a) médico(a).

É fundamental que Família e Terapeuta utilizem mesma linguagem e que haja empatia nesse processo.

Paciência e respeito ao momento da criança são itens fundamentais para o sucesso do caso.

Aproveito para agradecer, as famílias que acreditaram no meu trabalho e amigos que fiz ao longo desses anos.

Se vc tem uma história para me contar, deixe seu comentário aqui.

Grande abraço!

Rejane em 15/09/2012
Atendimentos no Rio de Janeiro (Ilha do Governador e Copacabana)

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Alegre-se, Ore, Cante... Aline Barros


Ressuscita-me

Aline Barros

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Remove a minha pedra
Me chama pelo nome
Muda a minha história
Ressuscita os meus sonhos
Transforma a minha vida
Me faz um milagre
Me toca nessa hora
Me chama para fora
Ressuscita-me

Mestre, eu preciso de um milagre
Transforma minha vida meu estado
Faz tempo que eu não vejo a luz do dia
Estão tentando sepultar minha alegria
Tentando ver meus sonhos cancelados
Lázaro ouviu a Sua voz
Quando aquela pedra removeu
Depois de quatro dias ele reviveu
Mestre, não há outro que possa fazer
Aquilo que só o Teu nome tem todo poder
Eu preciso tanto de um milagre

Tu És a própria vida
A força que há em mim
Tu És o filho de Deus
Que me ergue pra vencer
Senhor de tudo em mim
Já ouço a Tua voz
Me chamando pra viver
Uma história de poder

As Mães

Desde que surge o imenso desejo da maternidade, seja biológico ou não, nasce também o sonho de ter um filho lindo, perfeito e que no futuro será um grande homem.
Isso também serve para as meninas, que no futuro, serão grandes mulheres...

E esse desejo vai crescendo e se fortalecendo a cada dia.

Mães torcem muito pelos filhos, mães se apaixonam e até se anulam por eles. A maioria das mães...

Mães esquecem que falar NÃO é necessário e fundamental para direcionar aquele filho.

Muitas mães preferem presentear, ao conversar e tentar "acertar os ponteiros".

Filhos são, muitas vezes, frutos de grande ansiedade das mães. Elas querem o melhor, sempre (maioria das mães)! Elas querem tanto que seus filhos sejam felizes, que, sem querer atrapalham o caminhar de seus filhos... complicado!?

A ansiedade das mães acaba entristecendo seus próprios filhos...

Os filhos precisam falar, precisam gritar, precisam ser ouvidos, precisam se sentir amados e respeitados.

Amar não é presentear, nem é apenas concordar...

As mães precisam ouvir, precisam abraçar mais seus filhos e encorajá-los.

As mães precisam mais, acreditar nos seus filhos e permitir que eles provem que estão seguros e experimentando seus próprios erros e até, acertando muitas vezes.

Muitas mães sufocam e asfixiam seus filhos... e no final tudo acaba mal, sendo muito difícil o reencontro daquele abraço fraterno da infância...

Mães deveriam se preocupar mais com o bem estar do filho, com aquilo que ele sente, respeitando-o, quando o mesmo está gritando e indicando o caminho, mas a mãe ainda vai muito pelo o que os outros dizem... E acaba afastando de si, seu grande amigo - seu filho! E os outros? Os outros não fazem parte dessa história de amor!

Mães e filhos deveriam ter mais tempo para se escutarem e se admirarem, se respeitarem e se abraçarem no final.

Quando foi a última vez que você abraçou e foi abraçada pelo seu filho?

Rejane Cristina Schäffer Gallo em 10/09/2012.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O ERRO COMO POSSIBILIDADE DE ACERTO 

É impressionante como o “não” e o erro têm peso em nossas vidas. 
Na grande maioria dos casos de fracasso, o erro está acompanhado de medo, tendo denotação tão negativa intrínseca e extrinsecamente que faz o indivíduo paralisar diante das dificuldades, ainda que pequenas. 
O que dizer, então, do erro em sala de aula? 
São muitos fatores que englobam situações de erro. 
Conforme os meses vão se passando, os alunos vão acumulando informações, erros e acertos, notas boas e menos boas, além das horríveis. Fatores psicológicos e físicos envolvem os alunos durante o ano letivo. Muitos, não sabem lidar com mudanças do próprio corpo, pensamentos, desejos e sentimentos. Muitos almejam um boletim excelente para agradar a família e ficar bem entre os colegas e professores. Outros nem entendem porque têm que tirar notas muito boas, como são cobrados pelos pais, muitas vezes. Alguns questionam a média imposta pela escola. O fato é que o erro está presente em nossas vidas. 

E por que ainda não aprendemos a lidar com isso? E é sobre esse erro que vamos falar agora. Você se lembra de algum grande erro cometido ao longo desses anos, da sua vida? Será que não houve algum ponto positivo, alguma aprendizagem a partir desse erro? Fazendo uma analogia de nossos erros com a escola, na sala de aula, ficará mais fácil entender como o erro é importante para a aprendizagem ser concluída. 

Especialistas dizem que a aprendizagem tem suas fases, mas por que não acrescentarmos a elas, o ERRO? 

A Psicopedagia ensina aos alunos, pais e mestres a importância do não saber e a permissão de errar, pois é justamente a partir do erro que se pode ter a noção clara do que se sabe e do que não se sabe e precisa saber, a fim de alcançar o sucesso escolar e até o profissional. 

Recordo nesse momento de um caso interessante, onde um jovem de dezesseis anos, tendo passado por várias escolas e algumas repetências, chegou a aprendizagem através de um erro, durante a sessão psicopedagógica. No atendimento foi apresentado a ele duas formas geométricas em diferentes cores e tamanhos. Foi pedido a ele para separar em grupos e informar qual estratégia foi usada para se chegar a essa divisão. Diante dessa situação, com sorrisinho tímido, o jovem fala: “vou fazer o que vier a minha cabeça!” e foi separando aleatoriamente até fazer dois sanduiches - palavras ditas por ele. Percebe-se que ao invés de separar as peças em grupos, como lhe fora solicitado, ele misturou as peças sem critério algum. Os minutos foram se passando e a psicopedagoga fora mostrando a ele que é permitido errar sim; foi conduzindo o jovem a entender que diante dele haviam peças diferentes e, juntos, como parceiros, foram construindo novas maneiras de separar as peças em cores, tamanhos e formas. Já no final da sessão, foi sugerido a ele que, sozinho, fizesse aquilo que teria sido pedido no início: separar as peças em grupos e dizer os critérios usados para isso. Ainda pouco inseguro, mas com vontade e motivado a acertar, a partir da permissão do erro e da parceria apresentada, o jovem tentou mais uma vez. 

Percebeu onde estava sua dificuldade e questionou, buscando esclarecimento para dar continuidade ao processo de aprendizagem, até que dúvida solucionada, problema resolvido – ele conseguiu! O prazer em conquistar, em acertar, vem claramente a partir de um erro. 

Nem sempre fazemos escolhas certas e coerentes; nós erramos também e isso é normal e positivo. Mas, por que valorizamos tanto um erro? Por que nos importamos tanto com notas baixas? Por que o erro vale tanto ou mais que o acerto? Por que assistimos crianças e jovens tristes e tímidos diante do erro? Por que alguns professores sentem prazer em pegar uma caneta de tinta vermelha para riscar uma prova e dar nota baixa? O que será dessas crianças, no futuro, porque “não podem errar” hoje? São questões que intrigam muitos psicopedagogos, pois quando alunos, pais e mestres entenderem que é permitido errar e que se aprende muito com o erro, tudo se tornará mais fácil e mais feliz, principalmente na vida escolar familiar. Pois se cria, imediatamente, novas saídas do problema, construindo aprendizagem a partir do erro.